segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Laços dos Pauliteiros




Laços dos pauliteiros

a) – “Lhaços” de motivos agrícolas.
b) – “Lhaços” de motivos de amor.
c) – “Lhaços” de motivos de descrição geográfica.
d) – “Lhaços” de motivos de descrição profissional.
e) – “Lhaços” de motivos de maldizer.
f) – “Lhaços” de motivos históricos.
g) – “Lhaços” de motivos religiosos.
h) – “Lhaços” de motivos benatórios.
i) – “Lhaços” de outros motivos.
j) – “Lhaços” sem letra.



De motivos agrícolas:

- Canário
- Joanica
- L carrascal
- L toro
- La yerba
- Las rosas (1)
- Padre António

De motivos de amor:

- Ai de mi…
- Anramada
- Caballero
- L maridito
- La berde


- La pimienta
- La selombra
- Las fadigas


- Morenita

De motivos de descrição geográfica:

- Calles de Roma
- Campanitas de Toledo
- Çaramontaina
- La puente

De motivos de descrição profissional:

- L saio


- L pison
- Ls oufícios

De motivos de maldizer:

- Balantina
- Freixenosa

De motivos históricos:

- D. Rodrigo


- General Prim
- Mirandun
- L moro
- L passeio del rei




De motivos religiosos:

- Acto de contrição
- Carmelita (2)
- La fiesta
- Palombas
- Primavera
- Sacramento

De motivos benatórios:

- La lhiebre (3)


- L tordo
- Perdigon

De outros motivos:

- Caballero
- Canedo
- L gato
- La mulhier


- La posada
- La scura
- La tchina

Sem letra:


- Binte i cinco abierto


- Binte i cinco de ruoda


- Fado
- La bitcha
- Las rosas
- Las tairas
- Salto al castillo

Nota: Em itálico aqueles cuja música pode ouvir em www.sendim.net.

(1) – Versão deste lhaço que aprendemos e que é diferente da descrita pelo Pe. Mourinho, por isso a escrevemos.

Se quieres ir a colher rosas,
Al jardin de l miu senhor.
Al colher la branca flor,
Culhe la de mais en baixo,
Que ye la melhor olor.
I melhor olor.


<>








(2) - Versão deste lhaço, pelo mesmo motivo do anterior.


<>






Dius te sabe Carmelita fermosa,


Que fuste sposa de San Jesé,


Cumo stabas ne ls altos castilhos


Sperando las balas cuntra l lucifer.


Marie, la mulhier mais pura


Que ne l mundo puodo haber,


Creada i nacida,


I nacida i creada,


Quando era açucena i quando cristal.


Que l diabro tomou por ampenho


Que l santo rosairo nun se ha de rezar.


Debotos benien de manos lhegar


A rezar l rosairo,Marie,


Que l reino de l cielo


Queremos alcançar.


I queremos alcançar.

(3) – Versão deste lhaço, pelo mesmo motivo do anterior.

Aqueilha canhada arriba,
Ua lhiebre bi correr,
Tu le atiras,
You le atiro,
Nun la pudimos colher.
Tu que le atireste,
You que le atirei,
Nin tu la mateste
Nin you la matei.

Villa Sendini



VILLA SENDINI

No que diz respeito a Sendim, concelho de Miranda do Douro, em termos toponímicos, poderá advir, do genitivo "sendini ou sindini" de uma villa de “Sendinus ou Sindinus” que são nomes pessoais germânicos, alti-mediévos, portanto.
Havia diversas vicus e villae de origem romana nesta região e que teriam sido destruídas e soterradas com as invasões árabes.
De notar que nesta região esteve acampado um destacamento da “LégioVII”.

<>

Segundo o nosso entendimento, já expresso no boletim informativo do Centro Cultural de Sendim, pelos anos 80 do séc. XX, e tal como defendeu Carlos Ferreira, na sua tese de mestrado, o nome Sendim teria vindo da palavra goda Sinth - sind ( via, caminho ). Sendim fica no entroncamento de várias vias romanas e é muito provável que neste local existisse uma villa romana e que os visigodos viessem a fazer dela uma povoação a que chamaram Sindin. Em documentos medievais é assim que aparece o nome de Sendim.

<>

Não oferece também qualquer dúvida que o reino Visigodo fazia fronteira com o reino Suevo, nesta região.
É sobre Sendim que vamos tratar neste blog. As suas origens, a sua história, a sua gente, o seu presente e futuro.